Beira Mar


Na quinta já tinha sido dito de antemão que aula não teria, não dentro da sala de aula, não sentados em cadeiras, a aula seria lá  na rua, em busca de melhoria no sistema de ensino brasileiro, este que quase todos sabem que se quer um dia funcionou. 
   Perto da Beira Mar, em frente ao palacio da abolição, sorrisos se formaram aos poucos nas faces dos que chegavam. Tinham em mente que poucos iriam, tinham e não tinham fé ao mesmo tempo. 
   Perto do náutico os abutres da apeoc, que com um discurso infundado e partidário, em seu carro de som enorme ao qual o salário de um professor nunca poderia pagar, insistiam pelo fim da caminhada. Pessoas se amontoando mandando-os irem embora, até notarem que não eram bem vindos e realmente irem.
   Na "linha de frente", alunos e professores juntos, continuando a caminhada até as avenidas, em correntes humanas para impedir a passagem de carros. Buzinas de som alto, dor nas canelas de tanto correr se um lado para o outro, sede de água, sede de atenção para a causa. Meio dia se teve o fim, com uma reunião e a então e aclamada fé realmente forte.
   A fé de que agora sabiam que não estavam sem apoio na causa, centenas de professores e alunos que sabiam que enquanto a injustiça permanecesse, a luta nas ruas por uma educação melhor também iria continuar. 

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